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Fechamento de lojas no Rio dispara 32%

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Fechamento de lojas no Rio dispara 32%

Quedas nas vendas, aumento da violência, desemprego em alta, retorno dos camelôs e atividade econômica reticente na cidade foram os fatores que levaram a cidade do Rio de Janeiro a fechar 9,1 mil lojas ao longo do ano passado, uma alta de 31,7% ante a 2016.

Segundo pesquisa do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio), divulgada ontem (5), na Cidade do Rio de Janeiro, só no mês de dezembro 1.084 fecharam as portas, o que representa uma alta de 44,1% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Em todo o Estado do Rio de Janeiro, também de janeiro/dezembro, foram extintas 21.139, um aumento de 26,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. No mês de dezembro, em todo o Estado, fecharam 2.491, um aumento de 43,2% em relação a dezembro de 2016.

Na Cidade do Rio de Janeiro, do total de 1.084 estabelecimentos comerciais que encerram as suas atividades em dezembro, 159 foram no Centro, 385 na Zona Norte, 366 na Zona Oeste e 174 na Zona Sul. Entre janeiro/dezembro de 2017 os úmeros foram os seguintes: 3.408 na Zona Norte, 2.912 na Zona Oeste, 1.459 na Zona Sul e 1.342 no Centro.

De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio), o quadro econômico do Estado do Rio tem afetado profundamente o comportamento do consumidor influenciando a sua disposição para a compra. “Neste momento de incertezas, a primeira atitude do consumidor é reduzir os gastos, entre eles com as compras. Com isso o comércio lojista, já massacrado pelo peso da burocracia e da alta carga tributária acaba sucumbindo e não encontra alternativa a não ser o encerramento de sua atividade”, diz. Ele destaca também que a violência urbana e a desordenada invasão dos camelôs na cidade do Rio de Janeiro vêm prejudicando bastante a atividade.

“Para se ter ideia o comércio gastou R$ 1,5 bilhão com segurança o ano passado. Isso poderia ter sido investido na ampliação dos negócios, como novas lojas, reformas, treinamento de pessoal, gerando mais emprego e renda”, conta.

De acordo com ele, o comércio espera que a intervenção federal na área de segurança pública do estado tenha êxito “e se transforme na alternativa capaz de trazer a paz ao nosso estado. Só assim os lojistas poderão transformar esse vultoso gasto, que representa uma considerável parcela do seu faturamento, em investimento na melhoria e no crescimento dos negócios, beneficiando toda a cadeia produtiva do comércio”, conclui Gonçalves.

Fonte: Diário Comércio Indústria & Serviços (DCI)

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